terça-feira, 24 de julho de 2012

O falso elixir milagroso da privatização das teles

Se um camelô vender na praça um elixir da juventude garantindo que faz rejuvenescer 20 anos, acabará sendo preso por fraude. Se uma indústria de alimentos vender embalagem de um quilo de feijão contendo 900 gramas, será multada e a lei prevê até prisão para os donos da empresa.
A partir de hoje (23) – finalmente! – vigora a determinação da Anatel que proibiu temporariamente a venda de chips das empresas de telefonia celular, porque a rede não está dimensionada para atender o número de aparelhos vendidos. Estas empresas que venderam de propósito mais linhas do que suas redes comportam não são muito diferentes do fabricante que vende 900 gramas como se fosse um quilo, nem do camelô que vende elixir da juventude. Não estão entregando a mercadoria que deveriam.
E foi esse modelo de privatização que o tucanato deixou de legado, colocando o planejamento destes serviços públicos essenciais na mão invisível do mercado. À Anatel cabe multar ou proibir a venda, mas só fica sabendo depois que o serviço fica tão ruim que atinge uma massa crítica de usuários reclamando.
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