Por:Eduardo Guimarães
Alinhavando pontos esparsos dos últimos fatos envolvendo a revista Veja e José Dirceu, chega-se a uma conclusão surpreendente: os que puxam os cordões da revista jamais pretenderam produzir alguma conseqüência direta da matéria publicada no último fim de semana, a qual “acusa” o ex-ministro de ter recebido aliados políticos em um hotel de Brasília.
Pense comigo, surpreso leitor: será que uma organização do porte da Veja não tem consciência de que o que publicou não passa de um amontoado de opiniões e suposições sem o menor embasamento probatório ou meramente indicativo?
Nenhuma instância do Ministério Público, da Polícia Federal ou de qualquer outra instituição da República pode dar a menor bola a esse caso. Não pode ser considerado ilegal que alguém que tem um cargo de provimento político pelo governo encontre aliados políticos pertencentes ao mesmo partido que o seu ou à mesma aliança política daquele partido.
Veja tem advogados, como todos sabem. Muitos advogados. E também se sabe muito bem que sua matéria de capa do último fim de semana não passa de opinião ou suposição – ou de ambas. Então por que publicar uma matéria que, aparentemente, até os seus pares na grande mídia não quiseram repercutir por julgarem fraca e tendenciosa?
Bobinha a Veja, não?
A resposta à pergunta acima, definitivamente, é não – a Veja, de boba, não tem nada. E, quanto ao silêncio de seus congêneres no Partido da Imprensa Golpista, talvez não passe de tática para não inflar a denúncia de José Dirceu, que pegou a turma toda no contrapé. E o que é pior – ou melhor: acidentalmente.
Uma digressão: a Veja está usando o blog de Reinaldo Azevedo – que, nessas horas, sempre deixa ver por que o império da família Civita o paga – para se explicar. Todavia, por mais que a revista e seu garoto de recados fujam, uma hora terão que dar explicações para o fato de o seu repórter ter tentado invadir o apartamento de Dirceu.
Mas, voltando à vaca fria, por que, diabos, a Veja publicou uma matéria que qualquer um que entenda um pouco de política sabe que não daria em nada mesmo que o repórter invasor não tivesse recorrido a um crime para fazer o que o patrão chama de “jornalismo”?
Havendo um veículo que se disponha a violar qualquer princípio ético e jornalístico é mais fácil produzir uma capa de revista fortemente criminalizadora do PT (o partido do governo Dilma) para setores da direita midiática que já se organizam em “movimentos espontâneos” da “sociedade civil” para marcharem “contra a corrupção” pelas ruas de algumas capitais.
Não importa o que diz a matéria da Veja porque esses setores que tentam aprofundar a crise política do governo Dilma não precisam de fatos, mas de símbolos para brandir na campanha moralista que vem por aí e que, além de manifestantes, terá até “frente parlamentar”. Uma campanha que muita gente – inclusive do governo – ainda não percebeu.
Pense comigo, surpreso leitor: será que uma organização do porte da Veja não tem consciência de que o que publicou não passa de um amontoado de opiniões e suposições sem o menor embasamento probatório ou meramente indicativo?
Nenhuma instância do Ministério Público, da Polícia Federal ou de qualquer outra instituição da República pode dar a menor bola a esse caso. Não pode ser considerado ilegal que alguém que tem um cargo de provimento político pelo governo encontre aliados políticos pertencentes ao mesmo partido que o seu ou à mesma aliança política daquele partido.
Veja tem advogados, como todos sabem. Muitos advogados. E também se sabe muito bem que sua matéria de capa do último fim de semana não passa de opinião ou suposição – ou de ambas. Então por que publicar uma matéria que, aparentemente, até os seus pares na grande mídia não quiseram repercutir por julgarem fraca e tendenciosa?
Bobinha a Veja, não?
A resposta à pergunta acima, definitivamente, é não – a Veja, de boba, não tem nada. E, quanto ao silêncio de seus congêneres no Partido da Imprensa Golpista, talvez não passe de tática para não inflar a denúncia de José Dirceu, que pegou a turma toda no contrapé. E o que é pior – ou melhor: acidentalmente.
Uma digressão: a Veja está usando o blog de Reinaldo Azevedo – que, nessas horas, sempre deixa ver por que o império da família Civita o paga – para se explicar. Todavia, por mais que a revista e seu garoto de recados fujam, uma hora terão que dar explicações para o fato de o seu repórter ter tentado invadir o apartamento de Dirceu.
Mas, voltando à vaca fria, por que, diabos, a Veja publicou uma matéria que qualquer um que entenda um pouco de política sabe que não daria em nada mesmo que o repórter invasor não tivesse recorrido a um crime para fazer o que o patrão chama de “jornalismo”?
Havendo um veículo que se disponha a violar qualquer princípio ético e jornalístico é mais fácil produzir uma capa de revista fortemente criminalizadora do PT (o partido do governo Dilma) para setores da direita midiática que já se organizam em “movimentos espontâneos” da “sociedade civil” para marcharem “contra a corrupção” pelas ruas de algumas capitais.
Não importa o que diz a matéria da Veja porque esses setores que tentam aprofundar a crise política do governo Dilma não precisam de fatos, mas de símbolos para brandir na campanha moralista que vem por aí e que, além de manifestantes, terá até “frente parlamentar”. Uma campanha que muita gente – inclusive do governo – ainda não percebeu.
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