sábado, 31 de março de 2012

O celular invisível da quadrilha de Carlinhos Cachoeira

Por Eduardo Guimarães em seu blog

Após a divulgação na internet da íntegra do inquérito da Operação Monte Carlo, leitores menos familiarizados com o caso indagaram a ausência dos diálogos entre o senador Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira em um processo fundamentado quase que exclusivamente em grampos dos telefones que o bicheiro goiano habilitou nos Estados Unidos.
Há que explicar que o inquérito não citou as escutas que capturou entre o senador e o bicheiro porque o primeiro, por ter imunidade parlamentar, não pôde ser incluído na peça que foi ao judiciário, daí a ausência dos diálogos que constam nas investigações da Polícia Federal.
Nas verdade, nesse inquérito figuram mais telefones do que os 15 citados pelas matérias na imprensa e na internet como tendo sido adquiridos por Cachoeira nos Estados Unidos e entregues à sua quadrilha, que, agora se sabe, inclui o senador pelo DEM de Goiás. Isso ocorre porque, talvez pela certeza de impunidade, até telefones convencionais foram usados pela quadrilha para delinquir.
Outro fato que não foi devidamente explicado e que fonte ouvida pelo blog explicou em contato feito nesta sexta-feira é o de que não teriam sido só 15 telefones Nextel que o bicheiro adquiriu nos Estados Unidos, mas, pelo menos, 18. Destes, três teriam sido adquiridos antes dos outros 15 – um foi entregue ao irmão e outro à ex-mulher do bicheiro. O terceiro era do próprio.



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