Na Africa, Bento XVI volta a defender a abstinência sexual

Na polêmica infindável quanto ao uso da camisinha, o papa Bento XVI reforçou o dogma católico que condena o uso da camisinha como ferramenta de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis e defendeu a abstinência sexual. Para o líder religioso, a epidemia de AIDS é mais como um problema “ético” do que médico. A cada 13 segundos, uma pessoa morre vítima da Aids no continente africano. Pelo menos 22,5 milhões convivem com a doença na África Subsaariana, o que representa 67% do total de infectados no mundo. Em visita à cidade de Ouidah, em Benin, o pontífice alemão assinou o documento Africae munus, uma exortação apostólica para a África. “O problema da Aids, em particular, claramente apela por uma resposta médica e farmacêutica. No entanto, isso não é suficiente: o problema é mais profundo. Acima de tudo, é um problema ético. A mudança de comportamento exigida — por exemplo, abstinência sexual, rejeição da promiscuidade e fidelidade no casamento — envolve a questão do desenvolvimento integral, que demanda uma resposta global da Igreja”, afirma o texto.(Bahia Noticias)