Para tanto, comecemos pela ótica da autoridade constituída. Não se pode negar que a organização social e política do Brasil obriga à aceitação de regras que podem ser resumidas a uma, básica, de que o poder que emana das urnas tem que ser aceito por todos, mesmo pelos que discordam da decisão eleitoral da maioria.
Provavelmente, Alckmin se referiu ao poder legítimo e constitucional que governadores têm de nomear reitores de universidades públicas, de que sejam alinhados à visão de quem nomeou e de que, assim, tomem medida completamente dentro de suas alçadas como a de pôr a polícia na USP.
As ponderações podem até ser conduzidas no âmbito de tais cânones democráticos, mas as nuanças políticas, ideológicas, sociais e culturais não podem ser desprezadas.
O aprendizado de democracia também falhou com Alckmin. Sua decisão monocrática afetou não só aos alunos, mas a todos os que transitam pela USP, sejam do corpo discente, sejam do corpo docente, sejam funcionários. Todos têm direito de opinar. Trata-se de uma questão de Segurança Pública, não de Educação.
Ganhar uma eleição não dispensa o eleito de ouvir a sociedade. Vejam essa questão da usina hidrelétrica de Belo Monte. Os votos que Dilma ou Lula receberam não os dispensaram de discutir a execução da obra, sobretudo com os que serão imediatamente afetados. Por isso, incontáveis debates foram travados.Leia mais no Blog da Cidadania
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